segunda-feira, 13 de julho de 2015

Dinamarca produziu tanta energia eólica que teve de a enviar para Alemanha, Noruega e Suécia

Na última semana, a Dinamarca teve uns dias invulgarmente ventosos. Ontem, um dia especialmente ventoso até para os parâmetros da Dinamarca, o país produziu 116% do total de necessidades energéticas através da energia eólica. Antes, às 3h de sexta-feira, quando a procura de electricidade decresceu, este número subiu para os 140%.
Segundo o Edie, as interconexões energéticas permitiram, então, que 80% do excesso fosse partilhado pela Alemanha e Noruega, que assim puderam armazenar os sistemas hidroeléctricos para utilizar mais tarde, e pela Suécia, que ficou com um quinto do excesso energético do seu país vizinho.
“Isto mostra-nos que um mundo com 100% de energia renováveis não é fantasia”, explicou Oliver Joy, porta-voz da European Wind Energy Association. “A energia eólica e as renováveis podem ser a soluções para a descarbonização – e também uma segurança para o fornecimento em tempos de grande procura”.
A Dinamarca publica todos os números relacionados com as energias renováveis, actualizados ao minuto, no site Energinet. O mesmo site indica ainda que as centrais eólicas nem sequer estavam a trabalhar no seu limite máximo quando conseguiram produzir esta quantidade elevada de energia.
Nos últimos anos, na Dinamarca, assistiu-se à instalação em massa de centrais de energia eólica, o que deverá levar o país a produzir metade das suas necessidades de electricidade através das renováveis até 2020. Hoje, cerca de três quartos da energia eólica dinamarquesa provém de instalações situadas em terra, que são fortemente subsidiadas pelo Estado.


publicado in Green Savers 13.07.2015
Foto: Gidzy / Creative Commons

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Continuamos a adaptação às adversidades do presente, incapazes de agir pensando o futuro!


Todos os Países já passaram por isso, uns mais do que outros, mas todos em alguns momentos foram forçados a equilibrar as contas do Estado.

 E quando isso acontece prevalece a tentação imediatista e menos eficiente de aumentar impostos ao contrário de agir pensando no futuro, diminuindo as despesas. E neste gigante de dimensão continental onde tudo leva o seu tempo a acontecer é necessário caminhar tão rápido quanto possível para o equilíbrio das contas públicas,única via para a recuperação do crescimento económico através da expansão do investimento, consumo e exportações, prosseguindo a inclusão social. O ajuste fiscal é uma necessidade e o ministro Joaquim Levy e a sua equipe continuam a fazer por merecer o seu “estado de graça” quer no âmbito interno quer junto das instituições económicas e agentes financeiros internacionais.

Enquanto isso de um modo geral, o momento do mercado imobiliário é de redução nos lançamentos das grandes construtoras, preocupadas com o aumento dos distratos e consequentemente dos “estoques”. No decorrer deste mês, a Caixa Económica Federal que representa 70% do mercado de crédito imobiliário voltou a aumentar a taxa de juro dos financiamentos enquadrados no S.F.H. (Sistema Financeiro da Habitação). Sinalizando pretensões governamentais a instituição estabeleceu como prioridade e foco da sua actividade, o financiamento da compra de imóveis novos enquadrados no programa “Minha Casa Minha Vida” utilizando recursos do F.G.T.S. (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Já em Janeiro a Caixa havia aumentado os juros dos financiamentos com recurso à poupança para suster a demanda e o esgotamento dos fundos daí provenientes. Esta é a principal questão que hoje se coloca decorrente da drástica redução dos recursos disponíveis, em função do crescimento da sua aplicação na concessão de crédito imobiliário nos últimos anos e da fuga dos investidores à caderneta de poupança. Em recente entrevista, Octavio Lazari Júnior, presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança afirmava: “A caderneta só tem mais um ano, no máximo, de fôlego para financiar o crédito imobiliário. Isso considerando o sistema como um todo. Na Caixa, esses recursos já se esgotaram”.

Novos instrumentos de “funding” como LCI (Letras de Crédito Imobiliário), CRI´s Certificados de Recebíveis Imobiliários) e LIG´s (Letras Imobiliárias Garantidas) poderão desempenhar um importante papel no futuro complementando os recursos da poupança e do FGTS. Os operadores do mercado também reagiram com preocupação à redução dos limites de financiamento para imóveis usados. Embora parca em declarações e explicações, a Caixa Económica Federal mantém para este ano a expectativa de atingir resultados semelhantes a 2014 em concessão de crédito imobiliário, cerca de 130 bilhões de reais e mantém a programação do evento “Feirão da Casa Própria” a realizar no próximo mês nas principais capitais estaduais. Por aqui no Ceará, nos segmentos de imóveis populares e até 200 mil reais, a demanda mantém-se particularmente activa, a oferta vai-se ajustando e espera-se que os fundos de poupança e FGTS possam corresponder ao discurso dos decisores e à expectativas dos compradores de imóveis.

Em Portugal um dos assuntos do momento é a queda das taxas de juro de referência, Euribor, para valores negativos, o que acontece pela primeira vez desde que foram criadas. Em Abril, o efeito da taxa negativa a 1 mês já se fez sentir e em Julho espera-se que uma Euribor a 3 meses negativa, possa beneficiar mais de 650 mil famílias com a redução da sua prestação de Crédito a Habitação.

Contrariando as pretensões das instituições financeiras, o Banco de Portugal decidiu que estas vão ter de reflectir essas taxas negativas na prestação mensal de Crédito à Habitação bem como em todas as prestações de contratos de crédito a particulares e empresas. Também de acordo com os principais operadores, o mercado imobiliário continua a reagir bem aos incentivos e a recuperar. As medidas de curto prazo como “golden visa” e autorizações de residência não habituais, a correcção em baixa dos preços de venda dos imóveis nos últimos anos, conduziram a um aumento da demanda internacional e do número de imóveis vendidos.

E depois de esgotarmos o “estoque” vendável de imóveis quais as nossas vantagens competitivas face a outros destinos de investimento imobiliário? E depois de décadas de asfixia do mercado de arrendamento em que a prioridade dos decisores parecia ter-se voltado para o incentivo ao arrendamento residencial? E depois de décadas de ausência de uma política nacional de reabilitação do edificado e de requalificação urbana?
Continuamos sem capacidade de definição estratégica.
Será que nos 2 lados do oceano continuaremos condenados a reagir por incapacidade de agir pensando o futuro?

in "Casa Sapo" a 29.04.2015

Confiança e harmonia de funcionamento serão decisivas na recuperação económica!

Esta semana em Washington tal como já o haviam feito em Davos, o ministro da Fazenda Joaquim Levy e sua equipa estão focados na credibilização externa da governança económica do País e sobretudo na comunicação da atratividade dos instrumentos de “project finance”, novo modelo de financiamento de projectos de infra – estrutura. Num cenário de contração económica, redução dos investimentos públicos e ajuste fiscal, a captação de investidores privados externos é uma prioridade.
Acreditando que esse portfólio de investimentos em infra - estrutura possa atrair investidores internacionais, a próxima preocupação irá certamente incidir sobre quem irá executar essas obras. Mas cada coisa a seu tempo.

Outra grande prioridade é afastar a perspectiva de revisão da classificação de rating (nota do crédito) de estável para negativa por parte das principais agências globais de classificação de risco; Fich, Standard & Poor´s e Moody´s. Por enquanto, a capacidade já demonstrada num passado recente de enfrentar choques externos, a diversidade da economia brasileira, a capitalização do sistema bancário mas sobretudo um voto de confiança na capacidade da nova equipa económica implementar as anunciadas medidas de ajuste fiscal, vêm segurando a nota de risco do Brasil. A imagem percepcionada de um crescente mau estar entre executivo e legislativo, os efeitos directos e indirectos da investigação “Petrobrás”, a deterioração das contas públicas com o aumento da dívida pública em 2014 para 58.9 % do PIB (Produto Interno Bruto) são factores negativos que poderão vir a ser levados em conta numa eventual reapreciação da classificação do risco de investimento.

E no Ceará? De acordo com o IPECE (Instituto de Pesquisa e Estratégia Económica do Ceará) em 2014 a taxa de crescimento do PIB cearense foi de 4,36%, muito acima dos 0,1 % a nível nacional. Mesmo no actual cenário econômico brasileiro, a expectativa de crescimento em 2015 para o Ceará é de 2,5%. As apostas estratégicas no turismo e no Complexo Portuário e Industrial do Pecém revelaram-se acertadas. A oferta no mercado imobiliário tem conseguido adaptar-se às novas condicionantes da procura, respondendo com maior profissionalismo em função das expectativas dos consumidores.

















Quanto a outros Países de expressão portuguesa, as notícias que nos chegam de Angola são animadoras. Existe um esforço de diversificação económica e vontade política para a criação de novos “cluster´s”; agricultura e pescas, indústria, transportes e logística, hotelaria e turismo, energia e águas. Nesse âmbito de acordo com Paulino Domingos Baptista, secretário do Estado para Hotelaria e Turismo, 25 novos hotéis serão brevemente inaugurados em todo o território nacional, o que aumentará a oferta hoteleira em 2.000 quartos e irá criar milhares de novos postos de trabalho.

 De Portugal continuam a chegar algumas boas notícias. Os juros da dívida soberana portuguesa estão a cair para os mínimos de sempre. Começam a sentir-se os efeitos positivos do programa do Banco Central Europeu que desde Março através da compra significativa de dívidas soberanas e privadas fez aumentar a procura e assim diminuir o seu valor. Algumas taxas de juro de curto prazo tornaram-se mesmo negativas o que presume um elevado grau de confiança dos investidores na compra de títulos de dívida pública soberana dos países europeus.

Também de acordo com o ranking “Global Residence and Citizenship Program” da Henley & Partners, uma das maiores multinacionais de consultoria em residência e atribuição de cidadania, o programa de autorização de residência para investimento implementado em Portugal é o melhor do Mundo, por ser aquele que melhores condições oferece ao investimento estrangeiro. Reputação, qualidade de vida, ambiente fiscal, acesso a vistos, tempo e requisitos para a aquisição de cidadania são os factores considerados nesta avaliação.

Já aqui o dissemos. Num momento em que a recuperação económica em Portugal é ainda a expressão estatística da melhoria de alguns indicadores económicos não se tendo ainda repercutido transversalmente no poder aquisitivo e qualidade de vida da maioria da população, o programa dos “vistos gold” tem assegurado a milhares de profissionais imobiliários e a prestadores de outros serviços, o auto emprego e a remuneração do seu trabalho. Sem o programa dos “vistos gold” os efeitos da crise económica teriam sido mais devastadores.

in "Casa Sapo" a 14.04.2015


quarta-feira, 25 de março de 2015

Em tempos de turbulência, ninguém vai querer seguir quem não apontar o caminho!

A estagnação do crescimento económico, a persistência das tensões inflacionistas e a desvalorização cambial do real face ao dólar e euro, vem degradando o poder aquisitivo de quem vive e trabalha no Brasil. Energia eléctrica, combustíveis e alimentação são os principais responsáveis pelo aumento da taxa de inflacção que se mantém próxima de 8% (anual), acima do tecto máximo de 6,5 % fixado pelo governo. O epicentro de toda a instabilidade e turbulência política - económica parece estar no sector da energia. Se as contas de energia eléctrica e os preços dos combustíveis são os principais contribuidores da inflacção, os escândalos de corrupção e as investigações do Ministério Público na Petrobras têm tido repercussões negativas ao nível interno na credibilidade do poder executivo e legislativo e vêm prejudicando a imagem do País no exterior.

A “batalha das expectativas” iniciada por Joaquim Levy e sua equipe económica está ainda longe de conseguir o seu objectivo de retoma da confiança de empresários e investidores na evolução da economia brasileira. Persiste uma crise de confiança que depende de uma nova política económica mas principalmente da percepção de um novo comportamento dos decisores políticos.

E perante este cenário como se está a comportar o sector da construção? Tendo como referência o mercado imobiliário de S. Paulo e os seus principais “players”, 2015 será um ano da reorientação estratégica. Repensar os “timing´s” dos lançamentos previstos depois de no último ano o “estoque” de imóveis ter aumentado em média 15%, rever as metas de V.G.V. (Volume Geral de Vendas) e ajustá-las a uma nova realidade de diminuição da liquidez das famílias e retracção do crédito, rever as metas de “land bank” num momento em que o valor dos terrenos para construção é elevado e a velocidade de lançamentos imobiliários é lenta, reduzir custos não relacionadas com a produção e vendas, criar instrumentos de relacionamento pós venda mais eficientes por forma a diminuir o risco de distratos.
São tempos de implementação de medidas de reestruturação organizacional, ajustamentos, cortes na despesa, de repensar estratégias e reformular os planos de negócios. Mas isso não tem necessariamente de ser mau. Também do lado da demanda, as unidades em “estoque” podem transformar-se em excelentes oportunidades de negócios pela obtenção de um bom desconto comercial o que por sua vez também poderá trazer vantagens aos incorporadores caso o desconto seja compensado pelo não pagamento das despesas de conservação, IPTU e condomínio desses imóveis.
Também a 3ª fase do Programa “Minha Casa, Minha Vida” que prevê a construção de mais de 3 milhões de moradias continua a gerar grande expectativa nos operadores e nos potenciais compradores. Sendo que a população de baixa renda (1- 3 salários mínimos) deva continuar a ser prioridade por ser o segmento onde se encontram as maiores necessidades habitacionais, para ajudar a equilibrar o sistema de financiamento do Programa, este também deveria beneficiar a classe média, incapacitada de financiar a preços de mercado (taxas de juro elevadas) a compra de imóveis nos centros urbanos.

E na indústria do “real estate”? Também vivemos momentos de ajustamento e reformulação. A exemplo do que já aconteceu em outros países com mercados imobiliários mais maduros e competitivos, o futuro do mercado está nas redes imobiliárias. Para referir dois exemplos que vivenciei profissionalmente, foi com o advento das redes de franquia imobiliária que os mercados em Portugal e Espanha se profissionalizaram e tornaram mais produtivos. Se este modelo de negócio vem funcionando em todo o Mundo, certamente também vai funcionar no Brasil. Mas os resultados operacionais das redes de franquia imobiliária dependem de quem aponta o caminho. Porque será que com o mesmo modelo de negócio, a mesma marca, a utilização das mesmas “ferramentas” operacionais, se obtêm resultados diferentes?
A resposta está na capacidade de Liderança! Nos Países, empresas e outras instituições, bons líderes conduzem a melhores resultados, no negócio das franquias imobiliárias a liderança é também uma condição de sobrevivência. Recordo que nos primeiros anos deste século, os salões imobiliários e as feiras de franquia realizadas em Portugal, contavam com a participação de mais de 10 redes de franquia imobiliária. Dessas redes de franquia restam hoje 3 (Century 21, ERA e RE/MAX) , todas elas de origem norte-americana e que detém uma elevada percentagem das operações imobiliárias que se realizam em Portugal.

E aqui em Fortaleza e no Ceará? Como já referimos em anteriores artigos, Fortaleza e o Estado do Ceará não estão imunes ao que se passa no resto do País. Partilhando o cenário de redução dos gastos públicos e de contração económica e também afectados pela crise da Petrobras que levou ao adiamento da construção da refinaria do Pecém, o prefeito de Fortaleza anunciou publicamente um conjunto de investimentos públicos em 2015 que podem atingir um bilhão de reais.
Também no que se refere ao sector hoteleiro, de acordo com levantamento da ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, o Ceará obteve nos primeiros dois meses deste ano um excelente resultado com uma taxa de ocupação de 90% que resulta em grande parte de uma maior qualificação da infra – estruturas de mobilidade. Outra obra que aguarda ser retomada é a do Acquario na praia de Iracema em Fortaleza. A par do Centro de Eventos do Ceará este equipamento é da máxima importância para o aumento do número de dias de ocupação hoteleira. O Ceará e Fortaleza precisam dotar-se de mais instrumentos de diferenciação positiva, face às outras capitais do nordeste.

Se no Brasil e em Angola o sector energético é o epicentro da turbulência, a economia portuguesa continua a beneficiar da redução do preço do petróleo. Também o POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência Energética no Uso de Recursos criado no âmbito de um acordo de parceria estabelecido entre Portugal e a União Europeia veio assegurar uma dotação de 757 milhões de euros para financiamento de projectos públicos e privados que possibilitem a transição para uma economia com baixas emissões de carbono e que contribuam para a redução da dependência energética do País. De acordo com fontes do sector imobiliário, o nível de confiança dos operadores continua a subir. Duplicar a quota de mercado no turismo residencial europeu é um objectivo ambicioso. A venda no mercado internacional de 50.000 unidades em 2015 é possível apesar da forte concorrência de Espanha, França e Itália. Segundo estimativas da APR – Associação Portuguesa de Resorts, a concretização desse objectivo poderá gerar receitas na ordem dos 10 mil milhões de euros, 500 milhões em impostos directos e 120.000 postos de trabalho para além de beneficiar outros sectores da economia como o comércio e serviços. Portugal precisa de andar depressa. O preço das “commodities” minerais irá recuperar, ainda não sabe quando mas vai. Até lá, espera-se que o aprofundamento das relações políticas, económicas e diplomáticas tenha expressão num Plano Estratégico de Cooperação luso –angolano que possa contribuir para a superação das dificuldades conjunturais dos países subscritores.

in Casa Sapo a 22.03.2015

sexta-feira, 20 de março de 2015

o novo cenário do Brasil e boas novidades chegam de Luanda e Las Vegas !


Isabel dos Santos quer resposta do BPI em breve








 


Faz hoje 3 anos que retornei ao Brasil e neste período de vivência profissional pude testemunhar os 3 períodos da economia brasileira retratados num “post” profusamente divulgado nas redes sociais.com 3 capas da “Economist”.
Quando em Março de 2012 aqui cheguei, o Brasil vivia ainda sob o efeito da “decolagem” de 2009 e já em 2013 alguns sinais indiciavam que esse ciclo de crescimento sustentado não iria durar para sempre. Depois da organização da Copa do Mundo de Futebol ter exposto uma das mais graves lacunas transversal a toda a sociedade brasileira, incapacidade de pensar estratégico e planejar, em 2015 iniciamos um novo cenário que a “Economist” caracterizou de “pântano” mas que no nosso entender é de “pantanal”. Apesar da semelhança do nome, no pantanal apesar das muitas “áreas alagadas” elas estão longe de virar pântano.
O risco existe, mas se as anunciadas medidas de ajustamento económico e fiscal forem implementadas, muitas das “áreas alagadas” tornar-se-ão no futuro mais eficientes pela obtenção de melhores resultados com menos custos e em menor espaço de tempo e mais eficazes se os decisores tomarem decisões acertadas. Exemplo do que não poderá acontecer no futuro é o estilo de “governança” Petrobras que em 4 anos levou a uma desvalorização da empresa próxima de 85%. Tendo sido cotada em Setembro de 2010 com um valor de mercado de 270 bilhões de dólares, em 2015 a Petrobras já atingiu cotações de cerca de 41 bilhões de dólares, menores que as de algumas petrolíferas norte-americanas da “segunda divisão”. No mercado imobiliário apesar do cenário menos favorável à expansão do crédito para aquisição de imóveis financiado pelo SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, a exposição do sector bancário brasileiro ao crédito imobiliário continua baixa.
Quanto aos programas de construção de moradias no âmbito do MCMV - Minha Casa Minha Vida para a populações de mais baixa renda e onde se encontra o maior déficit habitacional, nos primeiros 2 meses as contratações foram adiadas apesar de oficialmente o governo ter anunciado para o 1º semestre de 2015, a contratação da construção de 350.000 casas. No seu discurso de tomada de posse, Miriam Belchior, a nova presidente da Caixa Económica Federal, reafirmou a meta de contratação da construção na 3ª fase do programa MCMV; 3 milhões de casas. Entretanto, uma delegação de 150 empresários do Estado do Rio de Janeiro estará presente na 26ª edição do MIPIM que se realiza de 10 a 13 deste mês em Cannes.
O grande objectivo desta presença é a captação de investimento internacional para financiar projectos de reabilitação urbana como a do “Porto Maravilha” e operações no mercado imobiliário. Enquanto isso no Ceará, fontes do sector estimam que o tempo necessário para o escoamento do atual estoque de imóveis seria de 1 ano enquanto a média no Brasil é de 2 anos e em alguns Estados é de 4 anos. Não sendo um “oásis”, o mercado imobiliário cearense mantém bons níveis de crescimento e continua apresentando grandes oportunidades de investimento.

Uma boa ideia nos chega de Angola; à terceira será de vez?
Há 9 anos atrás, o Millennium BCP lançava uma OPA sobre o BPI. No ano seguinte foi a vez do BPI contra- atacar. Ambas as operações falharam. Na sequência de uma nova Oferta Pública de Aquisição de uma instituição financeira espanhola sobre o BPI, a ideia de ter um banco com maioria de capital lusófono e com massa crítica suficiente para aspirar liderar o mercado financeiro em Portugal, Angola e Moçambique é seguramente uma boa ideia. Se conseguisse estender as suas operações ao Brasil e a Cabo Verde melhor ainda.
Como em outros sectores da actividade económica, a escala continua a ser uma das principais condicionantes da rentabilidade e competitividade operacional das empresas portuguesas e dos PALOP´s -Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e é inibidora de uma maior internacionalização. Num momento em que aos poucos, a banca portuguesa parece retomar a sua actividade normal, financiamento da economia real, a criação de uma instituição bancária com maior peso e dimensão sediada em Lisboa e com maioria de capital lusófono gerou grande expectativa.
De acordo com a AECOPS- Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços, 2015 será o ano da inversão do profundo ciclo de crise que tem devastado o sector da construção em Portugal na última década. Neste ano espera-se a retoma do crescimento da actividade, tendo por base o segmento da manutenção e reabilitação do edificado e espaços públicos.
O próximo Quadro Comunitário de Apoio até 2020, destinará à reabilitação urbana e eficiência energética cerca de mil milhões de euros. No mínimo esse valor poderia ser duplicado, caso as instituições financeiras portuguesas estejam em condições de alavancar essas linhas de financiamento através da concessão de crédito a empresas e particulares nessas áreas de actividade. Por último, não será por falta de competência dos agentes que nele atuam que o mercado imobiliário português deixará de ser competitivo.

Na sua Convenção Internacional anual realizada em Las Vegas, RE/MAX, a maior rede imobiliária a operar em Portugal com cerca de 200 agências imobiliárias acaba de ser galardoada como a melhor operação da marca à escala mundial, num universo constituído por mais de 85 países.

in "Casa Sapo" a 10.03.2015


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Projetos e gestão de obras; consultoria técnica em engenharia.



REHS: serviços imobiliários integrados

 CONSULTORIA TÉCNICA EM ENGENHARIA
Projetos e gestão de obras (diagnóstico, projeto com soluções de redução de custos e impacto ambiental da construção, fiscalização e gestão técnica da execução da obra, administração de obra (relacão com fornecedores de materiais  de construção e empreiteiros).




Fatores críticos da execução da obra: 
Certificação e gestão técnica da obra.
Parâmetros de medição das etapas de execução da obra.
Prazos de execução parciais e final.
Controle custos (materiais e mão de obra).
Produtividade da mão-de-obra.
             Outros fatores que podem ser levados em conta:  
Relação Custo / Qualidade dos materiais de construção aplicados na obra.
Impacto ambiental da obra.
Eficiência energética.
 

RESULTADO FINAL:   
assegurar ao cliente a margem de lucro considerada no projeto de investimento e a boa execução técnica da obra.



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

projetos e instalação de energias renováveis


i
i 
REHS :   PROJETOS E INSTALAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS (EÓLICA E SOLAR)
 
Consiste no estudo de viabilidade do investimento na instalação de fontes de energia  renováveis em residências e áreas empresariais. Pelos ventos e exposição solar, o  Estado do Ceará tem elevado potencial para a geração deste tipo de energia.




Na foto, exemplo de uma instalação residencial com 13 painéis solares (Eusébio -CE)

  






fonte: Satrix - Energias Renováveis

Consiste no estudo de viabilidade de investimento na instalação de fontes de energia renováveis.